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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Instrumento de tortura - O Berço de Judas
Completo desrespeito pela vida humana, insensibilidade, total ausência de empatia pelo sofrimento alheio, fanatismo.
São estas, no seu todo ou em parte, as origens das coisas mais terríveis que ao longo da história os humanos têm feito ao seu semelhante.
Com diferentes métodos mas resultados semelhantes assistimos diariamente a todo o tipo de atentados à dignidade humana e à própria vida de milhares de inocentes, na maioria das vezes inspirados pelo ódio étnico, cultural e religioso.
Durante a idade média, apropriadamente designada como época de trevas, a tortura foi usada da pior maneira possível, ao serviço duma das mais vergonhosas instituições da história humana: a Inquisição Católico Romana, oficialmente instituída em 1233 pelo Papa Gregório IX.
O génio inventivo dos verdugos criou inúmeros instrumentos de tortura os quais ilustram a quão tortuosa pode ser a mente humana ao criar artefactos que causam dor a níveis incríveis e ao mesmo tempo prolongam a vida o máximo tempo possível para deleite sádico dos torturadores.
Um desses instrumentos é O “Berço de Judas” , Culla di Giuda, em Italiano, Judaswiege em alemão, Judas Cradle em Inglês, era em Francês conhecido como La Veille – “A Vigília”.
A tortura do Berço de Judas variou muito pouco desde a idade média até aos nossos dias.
A vítima é içada e descida sobre a ponta da pirâmide, de tal maneira que o seu peso assenta sobre o bico na zona do ânus, na vagina, debaixo do escroto ou debaixo do cóccix (nas duas ou três últimas vértebras).
O verdugo, seguindo as indicações dos interrogadores, pode variar a pressão, desde muito pouco, até à totalidade do peso do corpo.
Pode, ainda, sacudir a vítima ou fazê-la cair repetidas vezes, sobre a ponta.
Daqui.