Depois de ter sido revelado que milhares de impressões digitais de imigrantes deportados não estavam inseridas nas bases de dados foi disponibilizada uma verba de 5 milhões de dólares para proceder à sua digitalização e inserção na base de dados.
O conhecimento das falhas nas bases de dados ocorreu depois de, no final de 2010, a polícia de Fairfax ter iniciado a procura de um suspeito de um crime de violação.
Através de pesquisas ao nome Salvador Portillo-Saravia a polícia apurou que este individuo tinha sido deportado para El Salvador em 2003.
Regressou aos Estados Unidos de forma ilegal e um mês antes de ter cometido o crime de violação tinha estado preso.
Salvador foi detido por embriaguez em Novembro de 2010.
Nessa altura, no âmbito do programa Secure Communities, coordenado pelos Serviços de Imigração e Fronteiras, quando a polícia efetuou a pesquisa das suas impressões digitais nas bases de dados, não foi informada da deportação.
“No match” foi o resultado e Salvador foi libertado algumas horas depois.
Fontes dos Serviços de Imigração referem que a polícia de Loundoun deveria ter efectuado uma segunda pesquisa aos registos, uma pesquisa manual.
Mas fontes da polícia afirmaram que desconheciam a necessidade de realizar esta segunda pesquisa, nem existem os meios suficientes para tal.
Acrescentou ainda que pensavam que o programa Secure Communities assegurava a pesquisa de antecedentes de todos os indivíduos que já teriam estado presos.
Os serviços de imigração e fronteiras informaram que as impressões digitais de muitas pessoas, em número não revelado, e que foram deportadas antes de 2005, foram recolhidas da forma tradicional, em formulários, e que estas impressões digitais não foram digitalizadas nem colocadas nas bases de dados.
Depois de a imprensa ter noticiado esta falha, os serviços de Imigração e Fronteiras distribuiu um memorando aos utilizadores do programa Secure Communities para que as pesquisas manuais fossem tidas em consideração.
Foi divulgado que, apesar de haver 120 milhões de registos na base de dados, esta não estava completa.
Os responsáveis do departamento de Justiça, solicitaram fundos de 10 milhões de dólares para digitalizar as impressões digitais que estão em falta.
Foram concedidos 5 milhões de dólares.
“Este trágico acontecimento identificou uma falha crítica no programa Secure Communities” afirmou um responsável.
No mesmo dia, os serviços de Imigração recusaram comentar como o dinheiro seria usado e quantos formulários de impressões digitais teriam que ser digitalizados.
No entanto, um elemento do Center for Immigration Studies, organismo que acompanhou de perto o desenvolvimento do programa Secure Communities estimou haver 500.000 formulários de impressões digitais que não estão digitalizados nem inseridos nas bases de dados.
Em Outubro, Salvador Portillo-Saravia foi condenado por violação e sodomização de uma criança de oito anos de idade, crime praticado em Dezembro de 2010.
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A sentença será conhecida no próximo mês.