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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Cold Case






Um caso frio é apenas isso: uma investigação de um crime, geralmente violento, onde todas as pistas foram esgotadas e a pista esfriou.

Mas nos últimos anos, o uso de várias tecnologias começou a aquecer muitos desses casos, descobrindo novas pistas para os investigadores e proporcionando justiça às vítimas.

Um exemplo de tecnologia que imediatamente nos vem à mente é a pesquisa automatizada de impressões digitais, mais precisamente, as pesquisas de impressões digitais latentes de violentos agressores desconhecidos deixados no local do crime.
  
Sistema Integrado de Identificação Automatizada de Impressões Digitais do FBI (IAFIS), que contém registos de aproximadamente 73 milhões de indivíduos criminosos, é diariamente utilizada pelas forças policiais nacionais e internacionais para os casos atuais, mas cada vez mais, para obter ajuda na resolução de casos frios.

E uma vez por ano, Bureau’s Criminal Justice Information Services Division dá reconhecimento a um caso grave resolvido com a ajuda de IAFIS.

O Prémio Latent Hit de 2012 foi entregue o mês passado a dois profissionais do Omaha Police Department  - ao Detective Douglas Herout e a Senior Crime Laboratory Technician Laura Casey – pelos seus esforços na identificação do autor de um homicídio brutal cometido há mais de 30 anos.

O Crime

Em 1978, Carroll Bonnet de 61 anos de idade foi mortalmente esfaqueado no seu apartamento.

A Polícia recolheu indícios, incluindo vestígios lofoscópicos digitais e palmares da casa de banho (a polícia acreditava que o autor do crime tinha tentado lavar o sangue e outros indícios antes de abandonar o apartamento).

O veiculo da vítima foi levado.

A Investigação

O veiculo foi encontrado em Illinois, mas apesar de terem sido recolhidos vestígios lofoscópicos adicionais, os investigadores não obtiveram outras provas.

Os vestígios foram processados e pesquisados nas bases de dados de impressões digitais local e estatal.

Os vestígios foram igualmente enviados para outros estados mas as pesquisas efectuadas não tiveram sucesso.

Sem pistas adicionais, o caso esfriou.

No final de 2008 o Departamento de Polícia de Omaha recebeu um pedido sobre o caso, o que levou Laura Casey a efectuar pesquisas dos vestígios no IAFIS (que em 1978 não existia).

Em menos de cinco horas, o IAFIS devolveu uma lista de possíveis candidatos para fins de comparação.

Casey demorou alguns dias a examinar cuidadosamente as impressões digitais e concluiu ter obtido uma identificação positiva – Jerry Watson, que estava preso no Illinois por furto.

O caso foi oficialmente reaberto e distribuído a Doug Herout da brigada que trata dos casos frios.

Trabalhando com os peritos do laboratório, Herout reviu as provas iniciais existentes no caso, incluindo um panfleto publicitário com “Jerry W.” manuscrito numa das páginas.

Herout descobriu também que Jerry Watson tinha vivido apenas a alguns quarteirões do local onde o veículo da vitima tinha sido encontrado.

Esta descoberta foi mesmo a tempo – Watson estava a poucos dias de sair da cadeia.

Herout foi ao Illinois para interrogar Watson e apresentou-lhe um mandado para a recolha de uma amostra de ADN.

Análises subsequentes concluíram que o ADN de Watson correspondia ao ADN recolhido no local do crime, uma descoberta que – combinada com a identificação das impressões digitais de Watson – resultou na acusação e condenação por homicídio.

No dia 17 de Outubro de 2011 – 33 anos depois da descoberta do cadáver de Bonnet – o seu assassino foi condenado a prisão perpétua.

Este caso é apenas um exemplo do papel vital da tecnologia no retirar criminosos perigosos das nossas ruas.