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sábado, 15 de setembro de 2012

Reconhecimento Facial






Identificados os genes para o formato do rosto humano

Compreender os genes que determinam a forma facial humana poderá um dia fornecer informações valiosas sobre a aparência da pessoa usando apenas o seu ADN.

A descoberta de cinco genes envolvidos na forma facial pode ter aplicações em ciência forense, dizem os autores do estudo. 
Virtualmente, nada se sabia sobre os genes responsáveis ​​pela forma facial em seres humanos.
O estudo incidiu em quase 10.000 pessoas e foi publicado em Plos Genetics.

O autor Manfred Kayser, da Erasmus University Medical Center em Roterdão, na Holanda, disse: "Estes são os primeiros resultados excitantes que marcam o início da compreensão genética da morfologia facial humana”.

"Talvez dentro de algum tempo, seja possível traçar um retrato simulado de uma pessoa apenas a partir do seu ADN, o que fornece aplicativos interessantes, nas cisências forenses."

Os investigadores usaram a ressonância magnética (RM) da cabeça das pessoas em conjunto com retratos fotográficos para mapear pontos de referência faciais, a partir da qual foram estimadas distâncias faciais.

Eles, então, realizaram o que é conhecido como um estudo de associação do genoma, que é concebido para procurar pequenas variações genéticas que ocorrem com mais frequência em pessoas com determinados tipos faciais.

O Professor Kayser e os seus colegas identificaram cinco genes associados com formas faciais diferentes - PRDM16, PAX3, TP63, C5orf50, e COL17A1.

Estas associações, representam a probabilidade de um determinado formato de rosto poder ser estimado, e um mapeamento completo do ADN para-retrato ainda permanece uma perspectiva remota.


Mas este estudo em conjunto com descobertas recentes que sugerem que o ADN pode também ser usado para predizer o cabelo e cor dos olhos, e um outro estudo de 2010, em que a idade pode vir a ser inferida a partir de amostras de sangue, a ciência forense poderá vir a incluir um conjunto de novas e poderosas ferramentas à análise de ADN.

 
Daqui.



FBI lança projecto de reconhecimento facial

O programa Next Generation Identification vai incluir uma base nacional de face de criminosos e outros marcadores biométricos

O Reconhecimento facial é agora”, declarou em Julho, Alessandro Acquisti do Carnegie Mellon University de Pittsburgh num depoimento feito perante o Senado dos Estadios Unidos.

Assim parece. 

Como parte da actualização da base nacional de impressões digitais, o FBI iniciou a implementação do reconhecimento facial na identificação de criminosos.

Está integrado no muito aguardado Programa Next Generation Identification (NGI) que o FBI lançou, num valor de 1 bilião de dólares e que irá igualmente incluir a íris, análise de ADN e identificação da voz.

Desde Fevereiro que, numa fase piloto, vários dos Estados Americanos já iniciaram a carregar as suas fotografias sendo estimado que a sua implementação a nível nacional ocorra em 2014.

Adicionalmente ao carregamento dos clichés fotográficos, fontes oficiais do FBI indicaram que estão entusiasmados por rastrear um suspeito escolhendo o seu rosto na multidão.

Outra aplicação pode ser o seu reverso, isto é, imagens de uma pessoa de interesse policial recolhidas por câmaras de segurança ou fotos carregadas na internet podem ser comparadas com o repositório nacional de imagens administrado pelo FBI.

Um algoritmo poderá realizar uma pesquisa automática e devolver uma lista de potenciais Hits que podem ser organizados por um operador do sistema e utilizados como pistas possíveis numa investigação.

Idealmente, estes avanços tecnológicos vão permitir às autoridades policiais a identificação de criminosos de forma mais precisa e possibilitarem detenções mais rapidamente.

Mas os defensores da privacidade estão preocupados com a abrangência dos planos do FBI.

Eles estão preocupados que pessoas sem antecedentes criminais, que são capturados na câmara ao lado de uma pessoa de interesse possam acabar numa base de dados federal, ou sujeitos a uma vigilância injustificada

A base de dados de fotografias pesquisáveis utilizada nos testes piloto apenas incluem criminosos já referenciados.

Mas, da leitura do projeto NGI, não resulta claro se a situação se mantém quando o sistema estiver totalmente carregado e operacional ou se poderão vir a ser incluídas fotografias de não criminosos afirmou Jennifer Lynch da Electronic Frontier Foundation.

O FBI não partilhou os detalhes do algoritmo que está a utilizar, mas a sua tecnologia pode ter muita precisão se aplicada a fotografias recolhidas em condições controladas como os passaportes ou os clichés fotográficos das polícias.

Testes realizados em 2010 mostraram que num universo de 1,6 milhões de fotografias, os melhores algoritmos conseguem escolher acertadamente alguém em 92 % das vezes.

Não é preciso que, na fotografia, alguém esteja a olhar directamente para a câmara para conseguir obter uma correspondência com um cliché fotográfico.

Existem algoritmos que conseguem analisar características de um conjunto de vista lateral e frontal das fotografias de polícia, criar um modelo 3D do rosto, rodá-lo até 70 graus para obter o ângulo de visão da fotografia em análise e fazer corresponder a nova imagem a 2D com um apreciável grau de fidelidade.

As imagens mais difíceis de reconhecimento são aquelas que foram obtidas com pouca luminosidade. Estas imagens podem ser melhoradas recorrendo a técnicas de infravermelho mas o equipamento ainda está muito caro.

O FBI fez uma parceria com entidades emissoras de cartas de condução estaduais para a comparação de fotos.

Jay Stanley da American Civil Liberties Union aconselha precaução. “Quando estas bases começarem a conectarem-se à base de dados do FBI, será o equivalente a uma base fotográfica nacional