Cientistas criam os primeiros macacos com ADN diferente
Nasceram em laboratório, nos Estados Unidos, os primeiros macacos gerados a partir de uma mistura de células que representam seis genomas diferentes. É como se o animal tivesse três pais e três mães, ou qualquer combinação de seis animais.
Um embrião desenvolve-se, geralmente, a partir de uma célula resultante da fusão de um óvulo com um espermatozóide, e que tem um genoma único.
Estes macacos são quimeras, ou seja têm genomas diferentes.
Os cientistas conseguiram juntar seis embriões de macacos diferentes, cada um apenas com quatro células.
Os embriões misturaram-se, produzindo animais que têm células provenientes dos diferentes embriões.
Assim, numa célula o animal pode ter um ADN e noutra célula um ADN diferente.
Na experiência, as células foram misturadas num estágio de desenvolvimento muito precoce, quando cada célula é totipotente, ou seja, é capaz de originar vários tecidos.
O sucesso da experiência não foi imediato. As primeiras experiências foram feitas em ratos mas os cientistas acharam que estas não eram suficientes para provar que também resultariam em seres humanos.
"Não podemos utilizar os ratos como modelos para tudo", disse um pesquisador.
"Se queremos migrar estas terapias celulares em laboratório para testes clínicos, e dos ratos para os humanos, temos que perceber o que as células dos primatas podem ou não fazer. Precisamos de estudar bem como seriam estas experiências em humanos".
Os autores enfatizam, no entanto, que ainda não existe qualquer intenção de produzir quimeras humanas.
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