A identificação lofoscópica, a prova forense mais utilizada em todo o mundo, deu recentemente um significativo passo em frente, com a introdução de um inovador sistema automático de processamento, desenvolvido pela empresa Linde North America.
Esta metodologia seca, utiliza uma aplicação gasosa para revelação de vestígios lofoscópicos latentes sem a necessidade de utilizar solventes e corantes utilizados nos processos tradicionais de lavagem e secagem do material examinado.
O equipamento, denominado ADROIT (TM) FC 300, sistema de revelação de vestígios lofoscópicos latentes, será apresentado em Atlanta durante o 64th Annual Scientific Meeting da American Academy of Forensic Sciences que vai decorrer entre 22 e 24 do presente mês.
As reuniões anuais da AAFS reúnem profissionais que apresentam as mais recentes conclusões de trabalhos científicos e de investigação científica das ciências forenses e onde são demonstradas as mais recentes inovações tecnológicas.
Um protótipo do sistema Linda esteve submetido a um intenso programa de avaliação num laboratório forense dos Estados Unidos da América que irá apresentar as conclusões numa sessão de Criminalística a decorrer no dia 24 de Fevereiro.
Responsáveis da empresa garantem que:
“a nova tecnologia é uma ferramenta muito flexível que foi desenvolvida para o investigador forense e para a investigação científica.
É um processo seco, que permite a revelação de vestígios lofoscópicos latentes numa grande diversidade de superfícies, tanto porosos como não porosas, incluindo o papel térmico.
O controlo da formulação, que é programável, possibilita praticas standards, assegurando precisão e eliminando a complexidade e potenciais imprecisões associadas com a mistura e aplicação de solventes e corantes.
É realmente um passo importante na perícia lofoscópica, eliminando muitos dos problemas de armazenamento, ambientais e de segurança associados com as “artes” atuais.”
Esta tecnologia aplica químicos por sublimação e diluição recorrendo a um injetor de gás em ambiente de baixas pressões.
A mistura gasosa expande-se, cobrindo de forma uniforme toda as superfícies expostas do material em exame.
Depositando uma película muito fina que adere, ou reage quimicamente, com os depósitos dos vestígios, tornando-os visíveis a olho nú ou sob a aplicação de luzes forenses.
O equipamento tem um controlador programável que possibilita a monitorização remota.