Os funcionários civis da Garda National Immigration Bureau que há três anos se recusam a utilizar Livescan foram ameaçados com cortes salariais.
Cerca de 50 funcionários administrativos de Dublin, sustentam que, a utilização das cinco estações de trabalho existentes naquele serviço não é trabalho da sua competência funcional.
Um responsável da Polícia confirmou que aquele pessoal recebeu uma carta onde eram informados que, se até ao fim do mês não iniciassem a utilização do equipamento, seriam alvo de procedimento disciplinar, incluindo “a retirada imediata de vencimentos”.
O responsável afirmou ter perdido a paciência com o pessoal civil representado pelo Civil and Public Service Union, devido ao tempo decorrido sem estarem a utilizar um equipamento Automated Fingerprint Identification System (AFIS) que custou 23 milhões de euros.
“Outros funcionários, colocados noutros locais estão a utilizar o equipamento e é uma grande desilusão que aqui em Dublin isto tenha acontecido” afirmou o mesmo responsável.
Existem mais 43 Livescan no Aeroporto de Dublin e no departamento que trata os pedidos de asilo.
Este equipamento permite que as impressões digitais sejam recolhidas de forma electrónica em vez de serem recolhidas da forma tradicional com rolo e tinta.
As impressões digitais podem ser pesquisadas nas bases de dados para detectar pessoas que utilizem múltiplas identidades, fraudes na segurança social e suspeitos de terrorismo.
A Dail's Public Accounts Committee ficou ontem a saber que as impressões digitais foram recolhidas apenas em 35 % de nacionais de países não europeus que solicitam autorizações de residência.
Isto significa que, devido a este diferendo, 65 % das pessoas que solicitaram autorização de residência naquele departamento de Dublin viram a autorização emitida sem lhes terem sido recolhidas as impressões digitais.