Police Federation vice-chairman says privatisation could destroy service
No Reino Unido, as polícias de West Midlands e de Surrey, convidaram várias empresas privadas para apresentarem propostas para um conjunto alargado de serviços.
A lista de atividades inclui a investigação de crimes, a detenção de suspeitos, patrulhamento e a resposta e investigação de incidentes, apoio e suporte às vitimas de crimes e a testemunhas, gestão de informação, gestão das relações públicas com o público, gestão de riscos e outras atividades de suporte, incluindo os aspetos legais da atividade policial, a gestão das perícias e exames forenses, gestão da frota automóvel, gestão financeira e a gestão dos recursos humanos.
“Um plano radical para atribuir a empresas de segurança do sector privado, competências de investigação criminal, policiamento de proximidade e até a detenção de suspeitos terá consequências catastróficas”, afirmou o vice-presidente da Police Federation of England and Wales.
As propostas de privatização vão colocar em causa as investigações e condenações bem sustentadas e vão implicar a “destruição da melhor polícia do mundo” .
O superintendente Chefe que supervisiona este programa de “transformação”, afirmou que se trata de responder ao desafio das escassas condições financeiras que a polícia actualmente enfrenta.
“Nós queremos explorar o que a colaboração com empresas privadas nos poderá ajudar a transformar o nosso serviço”
“Também queremos saber quais as áreas e actividades em que podemos trabalhar em parceria com o sector privado para dar respostas mais eficientes e com melhor relação custo-benefício que nos ajude a melhorar o serviço”
A polícia de West Midlands já tem em planeamento cortar 2.764 postos de trabalho nos próximos três anos e o programa de privatização não está desenhado para os actuais buracos financeiros.
As poupanças estão previstas para depois de 2014.
Algumas fontes têm demonstrado algumas preocupações porque o programa assenta apenas em razões financeiras quando devia prever melhorar os resultados.
“A possibilidade de incluir a gestão de risco, o patrulhamento do espaço público ou as actividades de investigação criminal em contratos com empresas privadas, quando deviam ser o centro da actividade profissional da polícia é muito preocupante”
“A confiança do público é fundamental para a actividade policial. Isto significa que as decisões policiais são imparciais, no interesse da justiça, combater o crime e prender os criminosos”
O contrato com a empresa G4S, uma das líderes mundiais do setor da segurança privada, é, até ao momento, o de maior dimensão.
Este contrato, com uma duração de sete anos, custará 1,5 biliões de libras mas poderia ter o seu custo triplicado se outras polícias aderirem.
Estas propostas surgiram na sequência de um corte de 20% nos orçamentos da polícia, imposto pelo governo.
O governo tinha afirmado que o policiamento de primeira linha poderá ser protegido se o sector privado for utilizado para transformar os serviços que são prestados ao público.
Esta é a primeira indicação do significado real da afirmação.
“Espero que os programas de “parcerias” possam estar a funcionar em pleno na primavera”