Govard Bidloo nasceu em
Amsterdão em 1649 e tornou-se professor de anatomia em Haia entre 1688 e 1694,
quando ocupou a mesma posição na Universidade de Leyden.
Mais tarde, foi nomeado
o médico de Guilherme III de Inglaterra, que era originalmente holandês, até à morte
do rei em 1702.
Naquele ano, Bidloo
voltou a Leyden para retomar a sua antiga posição até à sua morte, em 1713.
Mais conhecido como
anatomista, a obra mais famosa de Govard Bidloo foi a monumental Anatomia
Hvmani Corporis publicada em Amsterdão em 1685, contendo 107 ilustrações.
As ilustrações na obra
de Bidloo foram desenhadas por Gérard de Lairesse (1640-1711).
Como tantos outros
grandes e caros atlas de anatomia da época, o trabalho não foi um sucesso
financeiro, e em 1690 ele publicou uma tradução holandesa intitulada Ontleding
lichaams des menschelyken, usando as mesmas gravuras.
Quando esta edição também
não teve sucesso nas vendas, o editor de Bidloo, vendeu 300 das gravuras que
tinham sobrado a William Cowper, um anatomista inglês.
Em Oxford, em 1968, Cowper
publicou as gravuras no seu próprio idioma, sob o título, Anatomy of the humane bodies,
sem mencionar Bidloo ou os autores das ilustrações originais.
Uma das gravuras, constituída por 18 ilustrações que mostram vários pedaços de pele, as zonas de
fricção de um dedo polegar e vários cabelos colocou Govard Bidloo como figura relevante
nas pesquisas e estudos sobre impressões digitais realizados na Idade Moderna (desde
a queda de Constantinopla em 1453 até à Revolução Francesa em 1789).
Os estudos e
investigações cientificas ainda não se referiam à aplicação das impressões
digitais ao processo de identificação humana ou ao seu uso na área criminal.