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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Gaiteiros de Lisboa - Avejão


No reino das aves raras
Quem não tem penas é Rei
Entre pegas e araras
Os patos bravos são Lei.


A terra dos patos bravos
Parece mais um vespeiro
Andam todos à bicada
Para chegar ao poleiro.

Por sobre a terra
Por sobre o mar
O Grande Irmão zela por nós
A sua sombra
É protectora
Já vem dos egrégios avós.

Na terra dos papagaios
Quem não tem poleiro é pato
Andam todos à bicada
Só para ficar no retrato.

No reino das trepadoras
O papagaio é senhor
Mesmo até sem saber ler
Qualquer papagaio é doutor.

Voar mais alto que os outros
Esse era o sonho do galo
Roubar as asas ao Pégaso
/E voar como um cavalo.

Mas o galo de ser galo
É ter o chão junto à barriga
Para chegar ao poleiro
Tem que usar de muita intriga/

No reino dos voadores
Impera a grande anarquia
e a barata voadora
já tem lugar de chefia.

A passarada oprimida
só deseja que isto mude
Mas as aves de rapina
Cada vez têm mais saúde.

As forças em parada desfilam junto à tribuna de honra, que é composta por 50 poleiros onde estão pousados os representantes das principais espécies ornitológicas, democraticamente nomeados pelo Marechal Avejão. Desfilam, neste momento, o Esquadrão Falcão e o Esquadrão Abutre, garantes da Paz, da Ordem, da Segurança e da Liberdade. À sua passagem, o Marechal Avejão ergue-se do seu poleiro e, estendendo a sua asa direita, saúda as tropas em sinal de gratidão e de respeito.


Visto aqui.