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sábado, 4 de fevereiro de 2012

O C.S.I. BRASILEIRO



Instituto de identificação da Polícia Civil do DF é referência mundial


No período entre os dias 27 a 30 de agosto de 2011, aconteceu em Las Vegas, no estado de Nevada - E.U.A., a conferência internacional 2011 AFIS Internet User Conference com a presença de delegações de vários países.

 
Na oportunidade foi apresentado o Brazilian case, onde o Instituto de Identificação da Polícia civil do Distrito Federal pôde mostrar o trabalho desenvolvido, bem como os resultados alcançados.

Para a satisfação dos brasileiros, a Direção-Geral da NEC/Japão declarou que o Instituto de Identificação de Brasília é um dos órgãos mais bem sucedidos em todo o mundo na área das Ciências Forenses.


Nesse contexto, definitivamente, o Brasil entra para a história da perícia papiloscópica mundial, passando a ser referência para todos os países.  

Segundo o diretor-adjunto do Instituto de Identificação, Nadiel Dias da Costa, o sucesso da Policia Civil do DF se deu não só pelo investimento feito pelo governo do Distrito Federal no órgão, mas pelos excelentes recursos humanos que dispõem.

A cada 100 perícias papiloscópicas realizadas, em vinte e cinco delas emitimos um laudo pericial papiloscópico conclusivo e positivo e entregamos a autoridade policial, o que ajuda sobremaneira na condução do inquérito”, afirmou.

Atualmente, o Instituto de Identificação tem descoberto em seus bancos de dados, por meio das impressões digitais, em torno de trezentos e cinqüenta casos por mês, firmando-se como um dos órgãos policiais que mais ajuda a elucidar crimes contra a vida e contra o patrimônio em todo o território brasileiro. 

A meta para julho de 2012 é atingir o patamar de 35%.

Teoricamente se 25% dos casos geram um laudo positivo, então existem ainda 75% de casos sem solução? 

Essa é uma dúvida que muitos podem ter, mas, isso não é uma verdade. 

A cada cem perícias papiloscópicas realizadas, por volta de 30% a 40% delas não se conseguem vestígios papiloscópicos, seja pela má preservação do local, pela própria qualidade do suporte onde a impressão teria sido depositada, e/ou pela qualidade das impressões papilares de quem toca o material.

Nesse contexto, se considerarmos os fragmentos papiloscópicos recuperados em cena de crime em condições de pesquisa a eficiência chega próximo a 50%. 

Quando atingirmos a nossa meta em 2012 chegaremos perto de 80%. 

É bom lembrar que todas as estatísticas apresentadas pelo Instituto de Identificação têm como base a totalidade das perícias realizadas incluindo as que não produziram vestígios papilares por quaisquer dos fatores citados acima.

Costa mostrou no congresso o laboratório de Perícia Papiloscópica Forense, apontado como um dos melhores e mais bem equipados do mundo. 

Esse laboratório é utilizado na revelação de impressões digitais em objetos recuperados de cena de crimes. 

A experiência mostra que os materiais processados no laboratório físico/químico do I.I. permitem que se recupere de 300% a 400% a mais de fragmentos em condições de serem analisados devido a técnicas e tecnologias utilizadas. 

A primeira agência a utilizar um laboratório dessa natureza foi o FBI.

Foram investidos aproximadamente vinte e cinco milhões de reais, cerca de dezassete milhões de dólares, na modernização do Instituto de Identificação de Brasília. 

Dentre os equipamentos adquiridos destaca-se a ferramenta AFIS-Automated Fingerprint Identification System que é capaz de pesquisar um fragmento de impressão digital dentre milhões de impressões digitais em um tempo muito reduzido. 

Essa ferramenta ajuda os Peritos em Papiloscopia a acelerar a descoberta de criminosos em nossos bancos de dados e atingir números fantásticos.

De posse dessa ferramenta o Instituto de Identificação deflagrou várias operações para individualizar pessoas que deixaram suas impressões digitais em locais de crimes contra a dignidade sexual, vida e patrimônio (estupro, homicídio, roubo, latrocínio e furto), bem como a identificar pessoas que foram enterradas como indigentes: operação Hades, Katrina, Mãos de Ferro e Anjo da Guarda.

A operação Hades foi desenvolvida em oito dias úteis de trabalho e foram emitidos cento e onze laudos periciais papiloscópicos de casos de homicídio, estupro e latrocínio.

Na operação Katrina a pesquisa foi direcionada para os crimes de roubo e furto chegando a um resultado de quatrocentos e onze laudos em vinte dias trabalhados.

A operação Mãos de Ferro trabalhou com crimes contra a vida e patrimônio, registrados entre os meses de janeiro e fevereiro, chegou-se a um resultado de seiscentos e onze laudos em trinta dias.

Quanto à operação Anjo da Guarda o contexto foi diferente, o objetivo era identificar cadáveres enterrados como indigente no período de 1996 a 2011. 

Conseguiu-se um resultado bastante expressivo com dezassete casos solucionados. 

Essa operação teve dois vieses: o primeiro de resgatar a pessoa desaparecida e entregar-lhe a sua família que, a partir daí, permitirá dar um enterro digno à pessoa e buscar benefícios sociais, tais como: aposentadorias, seguros, inventários, etc. 

O segundo diz respeito à investigação policial. 

Nesses casos a polícia deixará de investigar um caso de simples desaparecimento, visto que a experiência mostra que a maioria dos casos de cadáveres encontrados em adiantado estado de decomposição foram vítimas de algum crime – principalmente de homicídio.

A exposição das referidas operações foi o auge da conferência. 

Além disso, foram mostrados também dados estatísticos extremamente significativos quanto aos resultados proporcionados pela modernização do Instituto de Identificação que se dá dia a dia.

 “Em muitos casos emitimos um laudo positivo em poucas horas, o que permite uma solução rápida do crime”, afirma Costa.

Como, por exemplo, um crime de estupro, que recentemente ocorreu em Brasília, onde a 1º Delegacia de Polícia conseguiu solucionar o crime em apenas 2 horas e 30 minutos após a perícia papiloscópica indicar o autor das impressões digitais apostas no veículo da vítima. O estuprador está preso com provas materiais suficientes para mantê-lo na cadeia por muito tempo”, disse.

Desde pequenos furtos a grandes roubos a bancos, os crimes são investigados e as Perícias Papiloscópicas são feitas dentro de um padrão de excelência e técnica. 

Os casos são muitos, e a rotina do I.I. é fornecer o nome do suspeito no menor tempo possível, pois também fazemos parte da investigação policial.

O Instituto de Identificação tem trabalhado com afinco para ajudar a Polícia Civil do Distrito Federal a proporcionar uma segurança pública mais humana, rápida e eficaz, subsidiando Autoridades Policiais, Ministério Público e Poder Judiciário com provas incontestes, ajudando não só a condenar, mas, também absolver quando for o caso.
 



Daqui.