A relevância das impressões digitais para esclarecimento dos crimes é, por todos reconhecida, mas identificar o sexo do autor de um crime pela observação das impressões digitais deixadas no local pode, em breve, vir a ser um auxiliar da investigação criminal.
Em pesquisa recente, conduzida pelo departamento de Antropologia da Universidade de Punjab, na India, o Dr Kewal Krishan mostra é possível a determinação do sexo pelas impressões digitais deixadas no local do crime.
Este estudo vai auxiliar a polícia porque permite orientar a investigação do crime para suspeitos do sexo que as impressões digitais indiquem como o mais provável.
O estudo foi aceite pela American Academy of Forensic Sciences e será apresentado este mês, na conferência anual em Atlanta nos Estados Unidos.
O estudo é fundamentado na hipótese de que as impressões digitais do sexo feminino têm cristas papilares mais estreitas e, para uma determinada região dermo-papilar, têm uma maior densidade do que as impressões digitais do sexo masculino.
“Dados estatísticos revelam que as impressões digitais das mulheres têm uma densidade de cristas papilares significativamente superior ao que acontece nos homens.
A densidade das cristas papilares pode ser um parâmetro útil e relevante para determinar o sexo de quem produziu um vestígio digital de origem desconhecida” afirmou o Dr. Krishan.
O estudo foi desenvolvido em 194 pessoas (97 homens e 97 mulheres) e foram estudados todos os dedos das mãos num total de 1940 impressões digitais.
As cristas papilares foram contadas em cada uma das três regiões que caracterizam as impressões digitais