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terça-feira, 8 de maio de 2012

Adulteração de provas


Na passada sexta-feira, o supremo tribunal de Nebrasca confirmou a condenação de um CSI que foi preso por adulteração de provas num caso de duplo homicídio.

O CSI, David Kofoed, tinha requerido um novo julgamento, argumentando, entre outras coisas, que o juiz deveria ter pedido escusa para o julgamento.

Kofoed afirmou que só depois de ter sido julgado é que tinha tido conhecimento de que um primo do juiz era um agente policial que tinha apoiado um outro funcionário que tinha sido crítico de Kofoed.

Mas o tribunal decidiu “ninguém razoável teria questionado a imparcialidade do julgamento por esses motivos”.

Outro argumento foi que o tribunal tinha errado ao permitir provas relacionadas com a adulteração de provas de ADN, de um outro caso anteriormente tratado por Kofoed.

Mas o Supremo suportou o tribunal de julgamento ao reconhecer haver várias semelhanças entre o caso de duplo homicídio de 2006 em que Kofoed foi condenado e a investigação do homicídio de uma criança de 4 anos ocorrida em 2003.

Em ambos os casos houve confissões de suspeitos e não havia provas materiais até Kofoed ter encontrado manchas de sangue não referidas anteriormente.

Simplesmente, Kofoed, como o primeiro a custodiar a prova, era a raposa a guardar o galinheiro” afirmou o tribunal.

Concluímos que o tribunal de julgamento não errou na conclusão que a prova existente era suficiente para provar que em 2003, Kofoed tinha falsificado a prova material”.

Em 2010, Kofoed foi condenado a pena de prisão entre 20 meses e quatro anos por adulteração de prova material na investigação de um duplo homicídio.

Os acusados, dois homens erradamente acusados pelo crime, ocorrido em 2006, passaram vários meses na prisão antes de serem ilibados.

Os procuradores afirmaram que Kofoed tinha “plantado” sangue de uma das vitimas num veículo relacionado com os acusados.

Inicialmente um deles confessou o crime, mas rapidamente se retratou e o seu advogado afirmou que a confissão tinha sido coercivamente obtida.

Kofoed localizou o sangue depois do individuo ter negado a autoria do crime.

O sangue era a única prova material que relacionava os dois homens ao crime.

Um casal de Wisconsin confessou ter cometido este crime e estão presos.

No julgamento a que foi submetido, Kofoed manteve que tinha ocorrido uma contaminação acidental mas admitiu que qualquer outra pessoa podia ter “plantado” aquela prova.

O veículo tinha sido examinado e não tinha sido recolhida qualquer amostra para exame de ADN e não foi solicitado nenhum exame adicional. Ninguém, a não ser Kofoed, sabia que ele tinha pesquisado e localizado uma amostra num local obscuro do veículo”.

O advogado de Kofoed afirmou que, depois da posição do Tribunal, as hipóteses do seu cliente limpar o nome são escassas, restando-lhe apenas afirmar que o seu advogado foi ineficaz durante o processo.

Como advogado de defesa, não ficaria incomodado se ele me dissesse que gostaria que outro advogado visse o processo para verificar se foi cometido algum erro”.

Kofoed vai cumprir o que resta da pena num programa de reabilitação, o que lhe permite viver em casa da mãe, de onde apenas pode sair para ir trabalhar. O advogado recusou informar onde Kofoed trabalha.